O debate sobre o impacto da imigração nos trabalhadores americanos é frequente, especialmente em tempos de mudanças políticas. Alguns argumentam que a imigração aumenta a competição por empregos, pressionando salários para baixo. No entanto, estudos econômicos amplamente reconhecidos sugerem que a realidade é mais complexa.
Um dos estudos mais citados é o do economista David Card, que analisou o Mariel Boatlift, um evento em que milhares de cubanos imigraram para Miami nos anos 1980. A pesquisa mostrou que a chegada repentina de imigrantes não teve efeitos negativos sobre os salários ou empregos dos trabalhadores nativos, incluindo os com menor nível de educação. Outros estudos em diferentes países chegaram a conclusões semelhantes, indicando que a imigração de baixa qualificação não prejudica os trabalhadores locais.
Além disso, os imigrantes também desempenham um papel importante no crescimento da demanda por bens e serviços. Isso pode impulsionar o crescimento de negócios, gerando mais empregos e oportunidades para todos os trabalhadores. Por exemplo, em setores como o de restaurantes, a contratação de imigrantes pode permitir a abertura de novos estabelecimentos, o que gera novas vagas em diversas funções.
Embora haja discussões sobre a relação entre imigração e estagnação salarial nas últimas décadas, outros fatores, como a globalização, mudanças na política comercial e a diminuição da influência de sindicatos, também são frequentemente citados como possíveis causas.
Outro ponto importante é que os imigrantes são frequentemente empreendedores e contribuem significativamente para a criação de novos negócios nos Estados Unidos. Esse espírito empreendedor ajuda a criar mais empregos e a fortalecer a economia do país.
Fonte : The Atlantic