O aumento do medo de deportação tem levado a um crescimento alarmante de fraudes cometidas por supostos consultores legais, que enganam imigrantes indocumentados. Essas fraudes deixam vítimas, como a María, financeiramente arruinadas e sem acesso à justiça.
A desinformação e o medo sempre foram ferramentas exploradas por golpistas. Agora, com milhões de imigrantes indocumentados em todo o país se preparando para a operação em massa de deportação de Donald Trump, advogados de imigração e organizações sem fins lucrativos estão relatando um aumento “alarmante” na fraude por notários — um esquema no qual golpistas abusam das licenças de notários públicos para enganar imigrantes, fazendo-os acreditar que estão autorizados a praticar a advocacia, roubando seu dinheiro e colocando-os em situações ainda mais arriscadas.
Esses golpes têm como alvo, principalmente, imigrantes que não falam inglês e que não têm condições de contratar um advogado particular de imigração, de acordo com relatórios compartilhados com o *Latin Times*.
Alvo: Famílias de Status Imigratório Misto e Empregadores
“O aumento é realmente alarmante”, revelou Natalia Polukhtin, vice-presidente do Comitê de Ética da American Immigration Lawyers Association. Polukhtin tem observado que famílias com status imigratório misto estão sendo incentivadas a enviar aplicações desnecessárias, o que pode colocar seus parentes indocumentados em risco de processos de deportação.
Nos últimos meses, a advogada de imigração baseada no Arizona também percebeu um aumento no número de prestadores de serviços fraudulentos que estão visando empregadores de trabalhadores indocumentados.
“Meu escritório notou um aumento nas consultas de empregadores de pequenas empresas tentando verificar se podem patrocinar seus trabalhadores indocumentados”, disse ela. “Aparentemente, os notários estão orientando as pessoas a enviar petições por meio de seus empregadores”, acrescentou, enfatizando que esse caminho legal está “totalmente indisponível” para trabalhadores que estão nos EUA sem status legal.
Fonte : https://www.latintimes.com/